RELEASE - por RodrigoBigode
Antes de formar a Mula eu montei duas bandas de rock onde rolava covers de Titãs, Legião Urbana e R.P.M., ambas com apenas
uma apresentação (1999/2000) - uma banda de colégio chamada Kaus e um ano mais tarde a banda Dr.Frankenstein que viria a
ser o embrião da Mula.
A banda Mula di Freti foi para o papel em 2001, quando fiz parte da organização da 1º edição do festival Rock Contra a Fome.
Vendo e participando de toda aquela magia (na época, o maior festival que a cidade já tinha visto), me comprometi a montar
uma banda para tocar no segundo evento que viria no próximo ano...dito e feito.
Nossa primeira apresentação foi justamente na 2º edição do Rock Contra Fome, tocando 4 músicas dos Ramones com uma galera
enorme assistindo, e ainda saímos no jornal como a banda com o nome mais irreverente do festival, ao lado da banda Bagulho
Atômico...missão cumprida!
Mas a banda acabou e cada um seguiu seu rumo; o Alex e o Daniel (vocal e bateria) se converteram a religião, e o Wallysson
(guitarra) passou a estudar teclado, onde hoje toca na banda SunRose. Sobrou para minha pessoa continuar a parada, junto com
uns caras que eu considero a formação que fez da Mula o que ela é hoje.: EduardoJade (vocal), MaxUrso (guitarra) e DiegoPikachu
(bateria)...a bagunça estava armada...
Diversos ensaios na casa dos pais do Jade (Tânia e Carlim) na Rua 14 do Planalto fizeram história...muita gente passou por ali...era
o point do movimento underground do bairro...
2003 – começa então os eventos: escola (Jardim das Palmeiras), praça (Jaraguá – o batera sumiu na última hora...não tocamos),
clube (Castelinho – foi o Rock Gol), casa de amigos (Willian, Gerinha, Lérida), chácara (Morada Nova), bar (Toca da Siri), Associação
de Moradores do Bairro Custódio (o evento furou na hora H, nenhuma banda tocou) e claro, a consagrada Associação de
Moradores do Bairro Luizote (três eventos distintos, onde não tocamos o terceiro, pelo fato de um dos cubos ter
queimado)...chegamos a tocar até na lendária Sebo CD’s, fazendo cover dos Ramones (tínhamos um repertório de 30 músicas dos
caras, mas o vocalista resolveu não aparecer)...mas fizemos sem ele, com a galera que estava presente revezando o vocal, até o
Douglas Duarte cantou 2 músicas...a parada foi bem punk (risos)...e é claro que a 3º edição do Rock Contra a Fome não podia ficar
de fora...
Isso tudo rolou em apenas 3 anos, que para uma banda de garagem que só fazia som completamente chapados era o máximo...a
chapação era tanta que um maluco disse que éramos os Sex Pistols de Uberlândia...claro que não tinha nada a ver...mas adoramos
a comparação hehehe...
Tínhamos 13 músicas próprias, das quais 12 entraram no nosso primeiro disco, mas logo chegaremos lá...
Ficamos conhecidos como a banda que não sabia tocar, onde nos poucos eventos que tinha, ou éramos sacados, ou rolava uma
discussão para tocarmos primeiro, para garantir que conseguiríamos tocar (risos)...palhaçada pura, mas fazer o que?...a essa altura
do campeonato a banda já estava no fim...
2006 - o fim da Mula: chapação e brigas levaram a banda para o buraco, logo, o Diego se casou, o Max sumiu...mas o tempo
passou e logo eu estava em outra banda junto com o Bola (guitarra), Ana Paula (bateria) e a Raquel (vocal)...o nome da banda era
Hate Me...fazíamos The Distillers , mas 3 ensaios foram o bastante...o lance não deu certo...
2007 - enquanto o Max vai tocar baixo no Animais na Pista, eu monto no papel a banda Dr.Ramon & Os Condutores di Nada. Ela
se concretiza logo, com o Max (agora na bateria), WesleyGrilo (guitarra), Madruga (baixo) e eu fazendo o vocal, tendo também 3
ensaios apenas (risos)...a banda mais tarde viria a mudar de nome para Ninguém & Os Condutores de Nada...com várias músicas
no caderno mas sem ninguém para tocar (realmente fazia jus ao nome kkk)...aceitei o convite para entrar nos Dinossauros
Modernos, com Hebim (vocal), Chicão (bateria) e Wesley (guitarra) gravando o primeiro disco deles em 2009, fazendo um som cru
como o da Mula...curti tanto que resolvi jogar uma música do Ninguém & Os Condutores de Nada no disco...ela se chama
Não!...tocamos em muitos lugares e eventos...Capinópolis – MG foi nossa segunda casa...até em Belo Horizonte fomos parar...fase
muito boa...mas o que é bom dura pouco...
2010 – a volta da Mula: deixei os Dinossauros e o Animais já não existia; eu e o Max resolvemos voltar para gravar...só eu, o Max
e o Diego, um power trio...gravamos 12 das antigas e coloquei mais duas do Ninguém & Os Condutores de Nada, que são Lixo e
Vírus Bacteriológico e o Max trouxe uma nova, chamada Maldição Hereditária...pronto...o disco estava completo...nossa volta foi
em Capinópolis – MG já em 2011, num dia que marcou bastante, pois, quebrei o baixo no final do show (risos)...história que
ouvimos até em Patos de Minas – MG quando fomos tocar lá um tempo depois...mas o nosso segundo show da volta foi o mais
marcante, pois, foi na Associação de Moradores do Bairro Luizote, onde foi o primeiro aqui em Uberlândia após termos voltado, e
era também uma questão de honra fazer esse som lá, pois, tínhamos o dever de mostrar que sabíamos fazer um som ao vivo...era
o evento Pássaro Preto...
A galera curtiu...vieram mais eventos...Timbre (UFU St. Mônica), Udi Rock (Acrópole), Musgo (UFU St. Mônica - a corda do baixo
rebentou...tocamos só 5 músicas), estivemos 3 vezes em Araguari – MG, sendo que na terceira não tocamos por falta de tempo
(sai zica!!!), voltamos para Capinópolis para fazer um som na zona da cidade (isso mesmo...prostíbulo), no qual o Diego não
compareceu...tocamos com o Heduardo, baterista da Vurmo...o som foi foda...muito bom mesmo...mas devido a esse ocorrido
demos um tempo em 2012...mas nesse tempo todo de banda, tivemos a oportunidade de compartilhar do mesmo palco que as
bandas: Vírus 77, Dead Smurfs, Animais na Pista, Mikose di 1nha, Etinocidio, Dinossauros Modernos, Queda, S.O.S. Distorção,
Vurmo, FMI, Krow, Afasia, Distúrbio Social, Attero, Pato Junkie, Mukeka di Rato, Merda, Garotas Suécas, e por aí vai................
2013 – estamos de volta...