Em 2002, ela era a primeira mulher em Pernambuco a cantar o ?brega sensual?. Não gemia (isso coube depois a Michelle Mello, com ?Baby Doll?) nem falava de sexo como um trocadilho de FMs (também só surgiu, mais tarde, com Nega do Babado e seu ?Milkshake?). Mas, nem por isso, Palas Pinho fez por menos. Vocalista da Banda Ovelha Negra há nove anos, fez mais que embalar a dor-de-cotovelo dos boyzinhos e boyzinhas em frente às portas das faculdades do Recife nos anos 2000s.
Precursora da onda do brega feminino no Estado, Palas está de volta aos palcos após um período de três anos de ostracismo e trauma pós-acidente. No início de 2008, quando se preparava para lançar o quarto CD da Ovelha Negra, foi atropelada por um Honda Civic na Avenida Beberibe, ao voltar da casa da avó. Sofreu traumatismo craniano e fratura dentária (perdeu três dentes e teve deslocamento da mandíbula), que a deixaram com sequelas. Ainda hoje alega ter problemas de dicção (diz que, às vezes, ?engancha? o ?r? e o ?l?), além de tomar remédios para evitar convulsões e enxaqueca crônica. Até ela chegou a desacreditar no próprio retorno. Eis que, há cerca de um ano e meio, voltou a fazer apresentações e, mês passado, foi a atração principal da ?Quintas do Brega?, da boate Dona Carolina, em Boa Viagem.