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OuvintesMarcelo Hanada e outros 5 ouvintes
Marcelo HanadaMarcelo HanadaMarcelo HanadaMarcelo HanadaMarcelo Hanada
Fã-clubecido miguel cido miguel e outros 5 fãs
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Release

Hoje, fica cada vez mais difícil você encontrar uma banda que faça simplesmente rock. Os novos grupos querem “inovar” seu som, mesclando ritmos ou apelando para fórmulas que já caíram no lugar comum faz tempo. Música eletrônica com guitarras pesadas. Hardcore com baião e maracatu. Rap e rock com dois vocalistas distintos. E por aí vai.
Ao receber o novo álbum do grupo paulistano Módulo fique ciente de que não estará ouvindo a “nova salvação do rock mundial” – rótulo cada vez mais difundido, pregado e banalizado pelas mídias norte-americana e inglesa para as novas promessas do estilo. O Jogo, terceiro trabalho do quarteto, traz 11 faixas de rock. Rock com forte relação com o pop. Rock nacional. Rock brazuca que empolga, contagia. Rock bem trabalhado, com bons arranjos e letras com conteúdo. Rock de “gente grande” como era feito nos anos 80, mas sem ser datado.
Stefan (voz e guitarra), Fabio (voz e baixo), Fred (guitarra e voz) e Deivide (bateria) já estão na estrada desde 97. São sete anos em que o quarteto conquistou vários degraus nesta escada que chega ao lugar que toda banda almeja: o sucesso. Shows divididos com Ira!, Supla, Viper e Karnak deram a banda uma chance de mostrar seu trabalho a novos fãs. Festivais em faculdades como UNISA, ESPM e MACKENZIE renderam ao conjunto um público fiel entre os universitários paulistas. No Rock Fest, organizado pela União Cultural Brasil-EUA, o Módulo ficou em terceiro lugar (sendo o primeiro na categoria rock nacional) dentre mais de 130 bandas inscritas. Apresentações constantes em casas renomadas como Enfarta Madalena, Alternative, Café Aurora, Zinc Bar, Kboom!, Orbital, Projeto Equilíbrio, Paulicéia, Barbahala, Rádio Clube Brasil, Usina e muitas outras também fora da capital paulista fizeram com que o palco virasse algo bem familiar ao grupo.
Esta trajetória de sete anos rendeu experiência ao conjunto. Familiaridade com o showbusiness. Cancha de palco e bagagem em estúdio. Bagagem que começou a ser construída com o lançamento de sua primeira demo tape, em 2000, contendo cinco faixas. As mesmas cinco canções – “Falso Silêncio”, “Simples Pra Você”, “5 De Abril”, “Teu Olhar” e “Identidade Virtual” – foram incluídas com uma nova gravação em seu álbum de estréia Medo de Não Ver, lançado de forma independente um ano depois.
Em 2003, o EP Estúdio Ao Vivo serviu de “aquecimento” para o novo álbum O Jogo. Gravado nos estúdios miniMAX, em São Paulo, e produzido por Biu (ex-Rumbora), o CD segue basicamente a linha rock/pop nacional. Instrumental pesado – como nas faixas “Hoje” e “O Jogo” – contrapõe-se com vocais harmônicos. Experimentalismo também se faz presente. “Vencendo a Dor” começa com um vocal falado, que lembra Arnaldo Antunes em sua fase solo, que vai cedendo espaço para ótimos riffs de guitarra. “Xeque-Mate” é a canção mais pesada do álbum. Rápida e bem trabalhada, faz a gente relembrar os primeiros trabalhos do Titãs.
Mas a banda também mostra que sabe fazer músicas radiofônicas. “Fazer Valer”, quase uma balada, fala de amor sem ser piegas. Outra que pode entrar facilmente na programação das rádios é “Não Existe”. Esta faixa é daquelas que tocam fundo no coração de quem está apaixonado. Principalmente para o casal que atravessa uma fase complicada no relacionamento.
O Módulo e seu Jogo estão aí. Rock de grande qualidade sem cair em lugar comum. Criativo, mas sem querer inventar ritmos como é corriqueiro ultimamente. Letras fortes, de protesto – como é o caso de “Hoje” –, mas sem serem panfletárias. Bons músicos que aprenderam a tocar e a se aprimorar na principal faculdade de música: o palco.

Marcos Filippi, editor da Revista Comando Rock

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