Oh, Enedina! Mariquinha! Vidalvina! Qual o seu nome? Pouco importa, Constantina Foi batizada quando a esquadra de Cabral aqui chegou No Pantanal, numa clara manhã de carnaval E trouxe, de lambuja, um mascate aventureiro Que se dizia ser prá lá de Bagdá Até que se diz que foi ele que fundou a vila que hoje seria Corumbá. Com muita lábia, numa lingua enrolada Ele a chamava de buga Bié Um dia, por saudades, deu no pé! Fugiu, evaporou-se, lá pros rumos das arábias E desde então, nos carnavais, de lá pra cá Enfeitiçada, ela aflora angelical Com sua pochete, de palha entrelaçada Que ela trançou enquanto ouvia Alá-lá-ô!