NADA MAIS A DECLARAR


Te fazer pensar te levar a questionar.
Liberdade é expressão ou podemos falar?
O sistema se veicula a comunicação
Propaga a nostalgia cria os santos e a estação
No exílio os livros é dossiê empoeirado e empilhado vendo o tempo envelhecer.
Como bala pedida o sacrifício é o que se lê.
Documentada a injustiça um homem decapitado
E outro crucificado, lava as mãos o sem escrúpulos.
Senhores do senado, novas aves de rapina se alimentam de propina.
Produzem o vírus e traficam as vacinas.
Quanto sangue derramado ruas sem saída o trajeto pro mercado
Reluta a disciplina seus padrões são confinados.
Interprete o papel da princesa Isabel
As margens do Ipiranga gritando ironia
Quanto vale pra morrer
Na sala de jantar a parcela da verdade o ditado da alforria.
Lembranças de um ancião o relicário no leilão
Cheque os cabos o juízo o culto à procissão
Só Jesus pode salvar a muito tempo ouvi falar
Vai ao Pai por meio do Filho nem um outro em seu lugar.
Quem tem boca vai a Roma, paramos pra recordar.
A cerimônia do silêncio o próximo a falar
Expressa a Corpus S.A. e nada mais a declarar.


Bart