POETAS SEM NOME

POETAS SEM NOME

EstiloRock
Cidade/EstadoDiadema / SP
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Imagem de Antonio VitorAntonio VitorPercussão, Guitarra Base
Imagem de josé vitor calfajosé vitor calfaVoz, Teclado, Piano, Gaita, Baixo, Backing Vocal

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Após a hecatombe da 2ª Guerra Mundial (somente da nação Russa morreram por volta de 25.000.000 de pessoas) com as explosões das primeiras bombas atômicas abriu-se a urgência do leque forçado de atuações para reconstruir o mundo a partir dos escombros. Afastado o perigo nazi-fascista levantou-se em grandes proporções a ameaça do comunismo explorada ideologicamente pelo ocidente, já que a União Soviética havia decidido pelas armas o conflito. Iniciava-se então o longo período da chamada Guerra Fria.

Dentre as diversas atuações e direções que se inauguraram vale destacar o acontecimento da geração beat (contra cultura) influenciando outras áreas culturais. A juventude americana desiludida ajudara a desentranhar as raízes do rock agarradas nos guetos. Surgiram portanto fusões musicais, Kerouak, Guinsberg, Elvis, Sam Cooke e desdobramentos: soul, Doors, Jefferson Airplane, Who, Hendrix, Joplin, e os festivais de Monterrey e Woodstock que divulgaram maciçamente o rock sob o incenso idealista dos hippies. Terminava um período heróico e se iniciava outro onde iria vingar e prosperar as malhas da pasteurização. Os Beatles constituíram de ante mão um grande sintoma deste processo, ou seja, desvio da energia e inconformismo juvenil para uma pseudo , liberação: rock com espartilho, adoçante pop, o aparato mundial de censura sob a máscara de liberdade sexual, de direitos humanos e fluxo cultural programado e sob controle nos espetáculos de massa.

Seguindo esta direção, com seus desdobramentos, notaremos que o aparecimento da Legião Urbana é uma espécie de manifestação tardia deste processo, ou renovada posto que foi preconizada a eternidade do rock por Neil Young. Espírito privilegiado, inquieto, buscando em todas direções, energia desembocando numa poética contundente, podemos considerar Renato Russo como o grande poeta e artista do rock nacional. Sua escrita oriunda de uma ardorosa experiência mental sedimentou-se nos moldes da rica tradição da poesia portuguesa (saber inglês ajudou-o a compreender melhor o poder de mergulho e alcance profundo do português): Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Drummond, Antonio Nobre e tantos outros poderosos poetas ...

Pode-se acreditar que muitas bandas obscuras pretendam ajudar a preencher este vazio poético deixado pela extinção da Legião Urbana com a morte de Renato Russo. A Poetas Sem Nome é uma dessas bandas que tentam emergir para atuar aquela energia que se contrapõe aos resíduos pesados e persistentes dos Anos de Chumbo abordados constante e indiretamente as composições de Renato Russo. Procuram basicamente a fusão perfeita entre palavra e música reveladora de conteúdos.

Anteriormente a banda Poetas Sem Nome recebeu sucessivos nomes: Knastra, Loa, Mensagem. Mata Virgem e Arca do Poeta. Foi batizada com o nome atual em julho de 2001 mantendo até hoje a sua formação central. A proposta de trabalho amadureceu com canções próprias em português, dimensionadas como colcha de retalhos ou caleidoscópio musical, no sentido de se aproximar e tratar da complexidade do mundo atual e criar de maneira contundente no confronto com a diluição, comercialização, alienação e banalização da música contemporânea. Assim, tendo como possibilidade expressiva predominante o rock , passa porém por outros estilos como blues, reggae, soul, rap, metal e punk.

Ali onde o filósofo Martin Heidegger situa o vazio da angústia como o lugar onde o ser %u2014 superado o ente %u2014 pode vir a se descobrir e equacionar frente a vida, a poesia portuguesa %u2014 por seu lado %u2014 insere a nostalgia, a verificação do tempo, instante e sua duração (externa ou psíquica), a saudade do desconhecido, a atitude escavadora de descobrir e dimensionar o ser no mundo, no Cosmos.
Circunscrita no mundo das possibilidades expressivas do rock as experiências da banda buscam desvelar mitos e ritos, essências abortadas ou escondidas numa atitude investigativa e documental através dos elementos visuais do mundo do rock mesmo, numa posição anti-delirante de conquistar a possibilidade expressiva do todo, da fusão perdida, da reconquista poética das primitivas e eternas possibilidades do ser.

Antonio Vitor
12/07/2007





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