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wilson Dias

wilson Dias

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Cidade/EstadoBelo Horizonte / MG
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Quando a vida legitima a arte.

Muitos elementos contribuem para a formação e o desenvolvimento de um artista, para forjar as características do seu trabalho e definir seu relacionamento sua cultura, bem como traçar o perfil de seu público. É o conjunto destes elementos articulados dialeticamente ao longo de toda uma carreira que garante o nome que carrega e sustenta suas conquistas em termos estéticos e de mercado. É este o caso do cantor, compositor e violeiro Wilson Dias, mineiro de Olhos D’Água, no Vale do Jequitinhonha, lugar especial, porque é ponto de partida de uma trajetória de sucesso.

Foi desse pequeno celeiro cultural que Wilson Dias herdou e trouxe para a arte as benéficas influências da vida em comunidade, da cultura e da arte popular, em suas manifestações tanto religiosas, quanto profanas. Enriquecido pelo berço onde nasceu, o artista cresceu aberto para a vida e livre para experimentar e se enriquecer ainda mais culturalmente, com todas as influências e experiências oriundas do folclore e da seresta mineira.

E mais, pode, sem perigo de contaminação negativa, ouvir de tudo – do samba ao bolero, do rock ao Jazz – e de tudo extraindo o que é a essência de um músico profissional: o amor e o gosto pela música e o conhecimento de seus princípios fundamentais, como ritmo, harmonia, melodia, sem se fechar, sem se limitar a um só estilo ou forma de realizar suas composições.

Graças a sua dedicação, ao seu empenho e ao seu profissionalismo Wilson Dias teve condições de há mais de quinze anos viver exclusivamente de seu trabalho musical. Não é por acaso que dois de seus dois filhos, Wallace Gomes (violão) e Pedro Gomes (baixo), estão seguindo a força de seu carisma e de seu exemplo, dividindo com ele os desafios e as alegrias do palco em quase todas as suas apresentações. Esteticamente, além da diversidade de ritmos da Música Popular Brasileira, o artista vem direcionando sua carreira para o encontro entre a tradição e o urbano com um viés especial para a cultura popular brasileira.
Toda a força deste talento mineiro, toda a riqueza de sua arte musical estão bem representados nos seus discos, gravados ao longo de quinze anos de trabalho e de muita estrada. Neles estão presentes sua visão de mundo, seu respeito à natureza, seus valores éticos e seu compromisso socioculturais, dos quais Wilson Dias, sempre coerente com o que pensa e canta, não abre mão.

1 - “Pequenas Histórias” (1997);
2 - “Outras Estórias” (2002) –
3 - “Picuá” (2007 - selecionado ao Prêmio Tim de Música Brasileira);
4 – CD Coletivo – “VivaViola – 60 cordas em movimento” (2009);
5 - “Pote – A melodia do chão” – (2010);
6 – “Mucuta” – (2011) instrumental – Lançado em novembro de 2011 no Teatro Alterosa.
7 – CD Coletivo – VivaViola- Viva a Cantoria – (2013)
8 – LUME (2013) – lançado no dia 20 de novembro (2012) no SES Palladium.
O Cd “Outras Estórias” foi patrocinado pela Egesa Engenharia, através da Lei Rouanet, assim como o projeto “Outras Estórias na Estrada”, que viabilizou uma turnê de lançamento do disco em onze cidades mineiras: Montes Claros, Carbonita, Bocaiúva, Ipatinga, Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina, Governador Valadares, Juiz de Fora, Uberlândia e Belo Horizonte, com ampla repercussão perante o público e a imprensa.

O CD - “Picuá” - patrocinado pela Cemig Cultural, através da Lei Rouanet, Wilson Dias finaliza uma trilogia que trabalha o universo roseano, o sertão, com a musicalidade matuta do povo do Vale do Jequitinhonha, causos das Minas várias, dentro do universo brasileiro. São batucões, folias, tira-versos, lundus, calangos, vindos da rica cultura popular da região, fonte constante de pesquisas realizadas pelo cantor. Desse modo, o artista encerra vivências em deslumbrante viagem de volta às terras de sua infância, que mostra o que de mais tradicional se toca e se canta às margens do Rio Jequitinhonha.
O cd “Pote – a melodia do chão” – um CD independente e inédito, criado em parceria pelos violeiros e cantadores, Pereira da Viola e Wilson Dias, e o poeta e jornalista João Evangelista Rodrigues. Três mineiros de águas fortes e confluentes, vindos, respectivamente, do Vales do Mucuri, do Jequitinhonha e do São Francisco. Três vertentes com raízes comuns no que diz respeito à cultura popular, ao sentimento de religiosidade e às convicções políticas, fundados na amizade e na defesa da cidadania.

Em “Mucuta” – instrumental – um cd independente. As delicadezas presentes nesse disco não as são por acaso; são buscadas, testadas e, quando o mestre violeiro as encontra, elas encantam como o cheiro da terra molhada. É urgente que se guarde essas delicadezas. Mucuta é o depositório no qual Wilson Dias está guardando e, ao mesmo tempo, compartilhando conosco suas memórias do cerrado. É claro que a terra em que viveu está presente em sua música, não poderia ser diferente já que a música que faz é fruto de seu contato com essa terra, essas flores, esses pequis.

Talvez a coisa mais impressionante nesse trabalho de Dias seja a unidade que ele consegue em suas músicas e a forma como a violinha canta suas lembranças. Músicas que aprendeu com seus velhos mestres e que ecoaram em sua memória durante anos, até serem paridas na forma que aqui se encontram. Esse nascimento não pode ser apenas fruto de uma intuição descompromissada; ele pertence a outro nível de elaboração, deveras sofisticado simplesmente porque genuíno. Essa é a grande contribuição que esses homens rurais podem dar à nossa música: deixar que ela fale por si mesma e que, assim falando, nos ensine qual a melhor forma de cuidá-la, de cultivá-la, e por fim, de guardá-la no único lugar possível, nosso coração.

“LUME” - Som e silêncio. Música é Lume. Harmonia que brilha e eleva o sentido da voz. Canção em um tempo de ensurdecedores conflitos e confusões estéticas. Mais do que nunca as artes dialogam entre si e se influenciam. Poesia e música, a despeito de todas as distinções e discussões históricas, andam juntas desde a antiguidade grega até hoje.
Lume é essencialmente um disco de canção. Por isso, nele, valoriza-se a sonoridade da palavra, chegando, assim, à melodia a partir do desejo de que o ouvinte pare e ouça a letra que, neste caso, não é mero ornamento, mas signo constitutivo do trabalho do compositor.
Para quem sabe que tudo passa tão depressa, arte e vida são inseparáveis. São fonte e raiz de uma única e comum Canção Urgente. Um lume que tudo reúne e alumia em nome da música.

Um dos 12 violeiros escolhidos como destaques para representar os mais de 400 violeiros e violeiras do Festival Voa Viola e selecionado para se apresentar na cidade de Recife, Teatro de Santa Izabel. Ainda no Festival, premiado na categoria “Canção” entre as cinco modalidades que assinalaram a diversidade das expressões ligadas à viola no Brasil.
Em Janeiro de 2011, recebeu o Prêmio Rozini de Excelência da Viola.

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