No Atlântico, Pelo Menos Sem Alligators
Composição: Trágica Escória.No Atlântico, Pelo Menos Sem Alligators
I - Alligators Verdadeiros Na DisneyLândia
Castelos são de mentira
de plástico e fantasia.
Pessoas são reais
sonham com bacanais.
Aligators verdadeiros
são segundos derradeiros
de cores vibrantes
rindo do seu instante.
Sangue foi lavado
a cor que faltava
você é a piada
que agora foi contada.
II - Um Tempo Morto
É, o olhar não promete nada
toda perna está lacrada.
Quero ficar um tempo morto
nem paraíso e nem esgoto.
Quero um tempo pra observar
sonho perdido e sem ar.
III - Bela Fachada
Tentei avisar visitantes tão otimistas:
Não é lugar nem pro romance mais realista.
É claro que tragédia voltou acontecer
o bisturi terá trabalho até amanhecer.
Ao não escutar
navegaram contra correnteza
sorriso ao olhar
fachada cheia de beleza.
IV - Um Mundo Sem Porta
Agora é tarde
espíritos soltos
se fizer alarde
vão ficar mais loucos.
Vão sequestrar quem você se importa
vão levar pra um mundo sem porta.
Agora é tarde
final não feliz
mesmo desastre
mesma cicatriz.
V - Final Atlântico
Prometeu não ser romântico.
Futuro deu final atlãntico.
Apodrece, tolo
com seus sonhos de escroto.
Mundo sorri, tamanho estúpido
sua falta de escrupulo.
VI - Fulano Forte
Veja aquele homem bem forte
se gabava acima da morte
veja agora todo sem sorte
parece que é fracote.
Veja ele morrendo, chorando
corpo se torcendo, berrando.
Parece um mortal, igual a nós
parece mais humilde, não feroz.
Veja agora o dia, amanhecendo
diferente
com o mais forte morrendo.
Parece até que o sol é esperançoso
e talvez impetuoso.
VII - Não Dessa Vez
Ela abre a boca
confissão
agora tenho que mudar meu mundo
não.
Não dessa vez
minha cara
vão ver o que fez
num flagra.
Já não me importa
futuro
presente já é sujo
nulo.
Ela abre a boca
chantagem
é claro, vomito toda
verdade.
VIII - Caos Sorriu
É claro que a nobre briga
era pela pobre opção
então ver cara ferida
era minha obrigação.
Foi bom lhe ver embaixo
recebendo os murros
pôde até me ver, eu acho
vibrando com meus punhos.
Ás vezes o caos sorri
produz justiça
basta eu ficar aqui
parado na esquina.