A Rádio Patrulha ainda não pode se dar ao luxo de dispensar apresentações, mas felizmente conta com uma equipe de músicos eficientes que conhecem bem o cenário alternativo e o circuito voltado para os consumidores de música que circulam pela noite de Salvador.

O Grupo nasceu em novembro de 2004, da união de Erlo (voz e guitarra), Nuno (baixo) e Jorge Carlos (bateria). Os dois primeiros vieram da Crinus, uma banda que estava começando a emergir com destaque na cena underground quando subitamente acabou. O segundo da Ulo Selvagem, um grupo coeso que ainda se encontra em atividade. A Rádio Patrulha completa um ano de formação e tem agora Lucas como novo dono das baquetas e do ritmo, o que trouxe uma maior pulsação e entendimento.

Influenciado pela sensibilidade, dissonância e agressividade sonora dos grupos britânicos como Beatles e Stones, a Rádio Patrulha chega mostrando serviço e chamando para si a responsabilidade de fazer o mais puro rock. O trio patrulheiro busca sua própria identidade através das particularidades em suas composições. A bateria pulsante e poderosa dá o ritmo para que o baixo extremamente grave e seguro deixe a canção deslizar por entre as milhões de notas cuidadosamente executadas pela guitarra, onde o vocalize exprime contando em verso, prosa e refrão as histórias das mais variadas canções.

Executadas ao vivo, letra e musica se misturam e as cores ganham movimento e dinamismo. Expostos e prontos, "como num corte a navalha" o grupo deixa que as letras falem por si. As músicas são cantadas em português e refletem o universo particular do ser humano como indivíduo no mundo, partindo do contexto de que cada um é responsável pelos próprios atos, paixões, frustrações, sucessos, ilusões/desilusões amorosas. E para isso basta apenas tomar uma atitude e começar a mover a grande maquinaria do mundo.

As apresentações são um show a parte, é como se cada pessoa participasse de uma sessão de Teatro Livre, mas com uma trilha sonora afinadíssima. O trio não poupa energia e quem está presente percebe e sente as mesmas vibrações que rolam em cima do palco.