ELETROPHONICA , das gaiolas de passarinho como pratos de bateria com um bumbo
tonél, antigos decks como pedal de distorção , guitarra fabricada com as
próprias mãos , foi assim , quando ainda crianças , nos início dos anos 80 que
se
apresenta quase como hormonal , a música em nossas vidas . É desta época ,com
os nossos melhores instrumentos , pelo menos aqueles eram , que surge a nossa
essência para manipular o imaginário, ainda hoje presente como fonte dos nossos
sonhos e esperanças , descendentes das bandas Van Gogh , Los fantomas,
Superzen, e Pulse ,Porcher ( violão e voz ) , Andre ( baixo ) , Daniel (
guitarra ) e Cezar (bateria )definem o seu estilo musical como gostoso e
aconchegante , nada mais,colocar um carimbo , um selo , punk , metal , hard
alguma coisa ,seria como
carimbar e definir fronteiras para a fantasia , mas vai lá , sempre e velho
rock . As letras falam sobre relacionamentos do nosso cotidiano , VOU DAR UM
TEMPO PRA MIM MESMO , PRA VER DE FORA O QUE PASSA POR DENTRO , de um tempo para
nós , COMETAS TELEVISIVOS, HERÓIS INDESTRUTIVEIS, VÃO TENTAR DESTRUIR NOSSO
LAR, NOSSA PAZ , de heróis indestrutíveis e ESTE SILÊNCIO ALÉM DAS ONDAS , ME
LEVA LONGE, MAIS PERTO DE MIM de obrigado, é uma amostra .
Moramos num país que predomina a música para chacoalhar poposões e
estamos na turma que desliza em composições para a alma escutar, carregadores
de caixas de som na madrugada , dos bares vazios, caramba, já fazem vinte e
poucos anos que estamos nisso, é nossa vida, o nosso contrapeso na balança entre
outras coisas .