Cocos do Norte

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Cocos do Norte

“Responda esse coco com palma de mão
Isso é coco do norte, nunca foi baião”
Rosil Cavalcanti

Afinem a mente e os quadris, pois os tambores e as cordas já estão a postos: batuques, sambas, bailados... Cocos do Norte. Um misto de “sotaques” bem brasileiros, com as influências mais diversas.

O título é uma alusão à música “Coco do Norte” do compositor paraibano Rosil Cavalcanti (parceiro inestimável de Jackson do Pandeiro) cujo refrão consta em epígrafe.

Com essa música Rosil dava uma resposta enfática à possível invenção de um estilo musical chamado “Baião”, que consagraria Luiz Gonzaga como “Rei”.

A peleja começou nos idos dos anos 1940, quando o exímio sanfoneiro surgiu no Rio de Janeiro tocando ritmos por demais conhecidos do público “nortista” (cocos, xotes, xaxados etc.), acompanhado por zabumba e triângulo (vindos de Pernambuco para compor o hoje tradicional “trio nordestino”).

A imprensa carioca “batizou” o estilo de “baião”, supostamente uma apócope de “baiano”, termo pejorativo usado para designar “gente chegada do norte” (!?).

A apresentação de “Cocos do Norte” retoma essa polêmica levantada por Rosil, mas a intenção é outra. O próprio Gonzagão dizia que tocava os ritmos aprendidos nas regiões por onde passou com sua sanfona.

O importante aqui é percebermos quão ricas e diversas são as manifestações culturais no Brasil. Sem cair na armadilha que é a divisão das culturas em “popular” e “erudito”, apresentamos um repertório vasto de possibilidades.

A grande meta é alcançar uma sensibilidade sonora e performática que possa refletir o nosso olhar sobre a musicalidade brasileira.

Seja qual for o nome dado a essas práticas culturais, jamais conseguiremos definir exatamente de onde veio cada uma delas. Relevante mesmo é viver as distintas interpretações dos grupos que as praticam por todo o país.

Cada qual a sua maneira contribui com as dinâmicas das culturas brasileiras. Assim também o fazemos, ao nos utilizarmos dos recursos disponíveis.

Mas deixemos de conversa e mergulhemos nos sons dos tambores, das vozes nasaladas, nos “trava-línguas”, nas cordas falantes... Deixemos as ondas conduzirem o balanço do corpo, num toque sincopado ou num groove de baixo eletrônico. Dance, sue e pense!

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