Filho desconhecido do Lobão com o Cazuza, bastardo, neto do Raul, criado no clube da esquina. Andarilho, morador de praças e diferentes calçadas. Cão de rua, maltrapilho e cantador de histórias vividas e outras cartas. No olhar atento do vagabundo farejador que procura tentar novas possibilidades por meio do árduo caminho de cantar sem ressalvas, honestamente, toda revolta de não aceitar coleira alguma, dono algum. Televisão de cachorro é um frango assado, sem novela, sem moda e o bolso furado sem nota esvaziando o nada em caminhos de vários lugares, serras e montanhas, nascido e renascido quatro mil vezes: no Goiás, em Minas, São Paulo e Tocantins. Nas ruas do Triângulo pra medir o CENTRO do OESTE, ponteiro para o sul, morador de Taquaruçu, NORTE do Brasil. Mas os pais, deste projeto rasgado, gasto, são cariocas, lembra?

Este é o grupo musical, CÃO DE RUA, lá do outro oeste, das esquinas vazias e avenidas movimentadas. Musica do mato que virou urbana ou MUSICA URBANA que virou mato cerrado ardendo no fogo escaldante de uma estrada à beira do deserto Jalapão, só de passagem pra qualquer lugar.