Aliados

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EstiloRock
Cidade/EstadoSantos / SP
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Aliados e agora... amplificados! Quem já conhecia a trajetória de perseverança e superação da banda santista entenderá bem o(s) significado(s) do título de seu quarto álbum ? o primeiro pela SonyBMG. Amplificado é o disco pelo qual Gustavo Fildzz (vocal), Dudu Golzi (guitarra), Rafa Borba (bateria) e Oliver Kivitz (baixo) esperavam faz um bom tempo. No topo da forma e com as melhores condições técnicas e emocionais (40 dias no estúdio Toca do Bandido, do saudoso produtor Tom Capone), eles repaginaram nove das suas músicas testadas e aprovadas ao longo de oito anos de carreira e burilaram cinco inéditas, para fazer justiça ao público que os acompanha há tempos, na internet e nos palcos.

Para quem conhece os Aliados, não há muito mais o que dizer sobre Amplificado: é o disco mais bem acabado de uma das mais eficientes e queridas bandas do circuito independente de rock. Puro prazer auditivo. Para quem não conhece... Bom, então é hora de botar o CD para tocar, porque suas músicas servem como trilha para a história do grupo ? por sinal, uma das mais bonitas da música brasileira.

Assim como o título do novo disco, o nome da banda não veio por acaso. Corria o ano de 2000 quando os brothers Fildzz e Dudu estenderam para a música a camaradagem e as boas vibrações que compartilhavam no esporte e nas baladas. O guitarrista brincava com seu estúdio caseiro e o amigo resolveu entrar naquela também. Das primeiras canções em parceria, nascia o Aliados 13 (o número, hoje eliminado, nada mais é que o código telefônico de Santos), projeto que virou banda de fato com a chegada de Rafa e, depois, de Oliver. O rock do quarteto veio desencanado, com uma visão positiva da vida, no qual não existem conflitos entre espiritualidade & festa, amor & sexo, amizade & zoação, seriedade & bagunça.

Confiante com os Aliados, Fildzz, que era campeão brasileiro e panamericano de ginástica olímpica, resolveu deixar o esporte pela música (?Meu pai achou que eu estava louco ? mas depois que ouviu o nosso som ele entendeu?, conta). E não demorou muito para as coisas acontecerem: no ano seguinte, a banda chamou a atenção do guitarrista Thiago Castanho, que tinha acabado de sair do Charlie Brown Jr. e de cara se tornou um dos Aliados, tocando com eles e produzindo sua primeira fita demo. Em 2002, a banda lançou seu primeiro disco, Aliados 13, que bateu forte nas rádios com a música ?Sem Sair do Lugar?. E tudo se encaminhava para mais uma daquelas incontroláveis ascensões ao Olimpo do rock n?roll...

Não contavam eles, porém, que a gravadora fosse encerrar suas atividades pouco tempo depois de o disco ser lançado. E nem que Fildzz fosse ter ruptura total do músculo deltóide num bizarro acidente de bicicleta. Mas vida que segue ? afinal, aqueles eram os Aliados, juntos para o que der e vier. Durante a gravação do segundo disco (A Dose Certa, 2004), o vocalista começou a sentir dores na região lombar. Dores que os antiinflamatórios não conseguiam conter. A noticia que ninguém queria ouvir veio logo em seguida: ele tinha um câncer no rim.

?Minha mãe tinha morrido de câncer, então o Fildzz veio com muito tato me contar?, lembra Rafa. ?Ele disse que em seis meses estaria curado e a gente voltaria a tocar?. A Fé e o companheirismo dos músicos derrotaram a depressão, a quimioterapia e cirurgias deram fim à doença. E em um ano, o vocalista estava de volta à banda. Duas músicas dos Aliados, ?Sorrindo? (?o veneno que jogaram na minha alegria / virou soro contra toda tristeza?) e ?O Medo do Fim? (?o prazer de recomeçar / paira sobre um clima sublime / que está pelo ar?), compostas ? por uma dessas ironias do destino ? antes de descobrir o tumor, foram a trilha de sua recuperação. ?Eu venci o câncer para provar para mim mesmo que o que eu tinha escrito estava certo?, conta Fildzz. Ainda com o vocalista em convalescença, a banda começou a compor as músicas para um terceiro disco. ?Tinha no coração a certeza de que aquilo ia ser só uma passagem?, diz.

Assim, Te Encontro Por Aí foi lançado de forma independente, em 2007. Na confiança de que aquele público, conquistado até então, lhe seria fiel, os Aliados decidiram fazer um show para gravar um DVD em que o ingresso seria o próprio CD ? e nisso venderam 2000 cópias, de cara. Naquele show e em outros, músicas como ?Sorrindo? e ?Esquece? foram cantadas com fervor pelo público ? pode ir ver lá no YouTube, as músicas viraram hinos. E ali veio a certeza de que toda a luta tinha valido a pena.

O capítulo seguinte dessa história é Amplificado, disco que a banda fez com o produtor Tomas Magno na Toca do Bandido, estúdio carioca onde foram gravados discos históricos d?O Rappa, Skank, Maria Rita e Frejat. Os Aliados foram a primeira banda que se hospedou na Toca. ?Ficamos trancados lá, como se fosse no BBB?, diz Dudu. E o prêmio que conquistaram ao fim não foi o milhão de reais, mas o som perfeito. Foram 40 dias no maior alto astral, respirando o disco. ?Foi um retiro para captar a vibração, a energia boa. Um momento único, para sintetizar o que foi criado?, conta Fildzz.

Para Dudu, a temporada na Toca foi melhor do que ir à Disney. Lá, havia guitarras de todos os tipos cobrindo as paredes, amplificadores para todos os gostos, gavetas cheias de pedais... Um lugar de sonho. E aí o guitarrista experimentou à vera, acabando por encontrar até aquele som de chorus de Andy Summers, do Police, que pode ser ouvido em várias faixas de Amplificado. Já Rafa enfim estreou a sua bateria Mapex, que ganhara anos antes de Gregg Bisonette, super músico que tocou na lendária banda solo do então ex-Van Halen David Lee Roth e também no Duran Duran.

A história é boa: era 1998, e o rapaz tinha acabado de perder a mãe de câncer e pensara até em parar de tocar. Num workshop, ele conheceu Bisonette e o cara lhe deu o presente, que renovou sua fé na música. A bateria ficou guardada, esperando a hora certa ? e o lugar certo, que era a Toca do Bandido. ?Toquei de olhos fechados, sentindo a presença do Tom Capone e da minha mãe?, conta Rafa, que conseguiu então tirar o som pesado que perseguia desde que ouviu pela primeira vez o CD American Idiot, do Green Day.

Para quem ensaia quase todo dia há oito anos, foi fácil gravar Amplificado. ?Sorrindo? ressurgiu ensolarada, com luminosos dedilhados de guitarra. ?Esquece? (?o que ficou pra trás / não é o que vai fazer você feliz / agora?) veio forte, com peso e melodia equilibrados e dissonâncias bem colocadas. ?O Medo do Fim? renovou o velho otimismo dos Aliados. E ?Te Encontro Por Aí? (?a vida te levou / e me deixou aqui / e o que você me ensinou / é o que me faz feliz?), a única do disco gravada com o produtor Tadeu Patola, deixou claro o bom gosto nas referências oitentistas.

Boas surpresas também em Amplificado são as novas versões para ?Senhor da Razão? e ?Desatando os Nós? (dois power pop de primeira!), para ?Vem? (canção funkeada que remete ao melhor de Lulu Santos e dos Red Hot Chili Peppers), para a desencanada ?Tirei o Dia Pra Mim? e para a surfística ?Hoje a Noite Não Vai Acabar? ? empolgante, que poderia estar num daqueles discos Isto é Hollywood.

E o nível de Amplificado não cai na quina de inéditas.Tem a power balada ?Como Sempre Foi? (?eu sinto que agora / e hora da gente ficar / e ser daquele jeito / perfeito, como sempre foi?), a funky e inspiradora ?Salve a Paz?, a levemente melancólica ?Hora de Crescer? e a dupla ?Direto ao Assunto? e ?Quem Sabe um Dia Vira Amor?, digressões roqueiras sobre a mais gostosa das brincadeiras a dois. Todas canções sinceras que contam histórias ? dos músicos, de seus amigos, parentes, conhecidos... O dia-a-dia transformado em música por uma banda que não se chama Aliados por acaso. E quem dá a palavra final é Fildzz, o fio desencapado da turma: ?Enquanto tiver gente nos seguindo, vamos fazer o nosso som. O que alimenta a gente é o público. Os Aliados somos todos nós.? A mensagem e o som da banda está toda aí ? só que agora, num amplificador Marshall ligado em 220 volts.

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